quarta-feira, 9 de julho de 2008

Paris, Je T'Aime

Ele olhava a sua mulher atravessar a rua com a capa vermelha que todo ano,jurava que ia jogar fora,mas que retirava do fundo do guarda-roupa todos os anos.Ela era assim com tudo.E fora justamente isso que o atraira quando se conheceram.As mesmas roupas que ela sempre usava,a fileira de batons que não usava.a musica que cantarolava quando cozinhava bolinhos de carne,pertenciam a uma vida que agoralhe parecia estrangeira,a vida que estava planejando abandonar entre a entrada e a sobremesa.Ele se deu conta de como era estranhamente obvioescolher aquele local para abandona-la.Pois nesse lugar ele se dera conta pela primeira vez de que não a amava mais.Quando ela sorrio ele sentio uma vontade enorme de gritar "eu vou deixar voce! NÃO fique aí sorrindo". Mas se contentou em oferecer um gole de kir. Outra coisa que o irritava era que ela nunca pedia uma entrada ou uma sobremesa ,mas sempre comia as dele.E pior ele acabava pedindo as comidas que ela gostava. "Sera que eu gosto mesmo de profiteroles?" pensou ele de uma maneira austera e solene. Quando ela começou a chorar como ele jamais vira antes,logo pensou que ela sabia que ele a deixaria por Marie-Chiristinie a ardente aeromoça que ele amava a 18 meses. "pronto" ele pensou. Ela ja sabe a tempos,deveria ter desconfiado.Ainda chorando,ela pegou uns documentos na bolsa e entregou a ele.Em terminologia medica asséptica,neles lia-se um caso de estagio avançado de leucemia.Num lampejo o objetivo do almoço desapareceu e uma voz metalica e estranha começou a dizer a ele : "esteja a altura de tal situação".E foi o que ele fez. Primeiro pedio trez porções de profiteroles para viagem e mandou um torpedo a amante,pedindo que ela o esquecesse.Ele foi tão atencioso com a mulher como ela sempre desejara.Mudou os quadros de lugar.Levou-a para assistir seus filmes prediletos na sessão da tarde.Fez compras em saldos,mesmo detestando comprar.Leu "minha querida Sputnik" de Murakami ,em voz alta.Agora,mesmo as coisas mais insignificantes tinham um sabor diferente,agora que ele sabia,que seria a ultima vez que ele faria para ela.De tanto se comportar como apaixonado,ele se apaixonou por ela de novo.E quando ela morreu,em seus braços ele entrou em coma emocional.Do qual jamais se recuperou.Mesmo agora muitos anos depois,ele sente um aperto no coraçao ao ver uma mulher de capa vermelha.Que a tempos atras rezava para ser descartada,mais agora rezava para te-lá novamente!

terça-feira, 8 de julho de 2008

esperar.


ele estava lá, me esperando, dentro do seu fusca conversível vermelho.

domingo, 6 de julho de 2008

corrida

pra vender cigarro, cigarro pra comprar remédio, remédio pra curar a tosce, tuscir, cuspir, jogar pra fora. corrida pra vender os carros, pneu, cerveja e gasolina. Cabeça pra usar boné e professar a fé de quem patrocina.
Eles querem te vender, eles querem te comprar, querem te matar... de rir, querem te fazer chorar.
Quem são eles? quem eles pensam que são?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

finalmente,

a minha paz está de volta.
acabou o amor, acabou a maldita esperança e acabou o tormento.
sim, estou mais feliz do que nunca.
acabou o pesadelo, e acordei para a vida ;)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

assustada

com esse mundo.
hoje, em uma praça normal, em um dia quase normal, um homem/menino se enforca no meia de muitas pessoas. Quantas olharam? todas. Quantas fizeram algo? nenhuma. só se ouvia pessoas falando baixo, como se fosse um segredo. Que segredo? Uma pessoa morreu, ninguém percebeu isso?! Agora é a hora que os ''injustiçados'' se defendem...
- Tá, ele se matou, e o que eu tenho a vê com isso, estou fazendo o que todo mundo faz. E outra, não sei o porque ele fez isso.
eu não respondo nada, mas não tem como não pensar nada, não é?
Ele morreu por drogas, na verdade eu não sei direito, é o que as pessoas que o conhece, ou melhor, conhecia, disse.
Então vem o meu susto. Uma pessoa que faz teatro, é considerado normal por todo mundo, aparece em uma arvore morto, e ainda por causa de drogas.
O mundo está acabando, não é porque Deus quer, mas sim porque nós estamos fazendo com que isso acontessa. Estou com medo de que eu tenha que me suicidar para escaár das drogas, dos tiros, das fofocas dos medos que eu sei que um dia irão acontecer!

domingo, 22 de junho de 2008

uma história que nunca existiu, nem existirá!

Tudo começa com uma garotinha de 10 anos, seu nome é Luana Kinooun. Uma menina, digamos, muito sapeca tem o seu próprio jeito de amar ou de se comportar. Anda com os pés descalços e não vê muita graça em brincadeiras de roda, bola ou de pega. Seu maior ídolo é Hitler, ela sempre fica encantada com a sua forma de falar, andar ou até mesmo comer. Não tem medo dele, ele é só um homem que muitas pessoas respeitam. Luana nunca se enganou quanto a Hitler, ela sempre soube que ele odiava os judeus e que os matava da forma mais cruel. Acho que era isso que fazia com que ela se encantasse por ele. Talvez ela tenha nascido com o coração de pedra, ou as pessoas tenham transformado seu coração em um coração sem compaixão.
Tony, 15 anos, apesar da diferença de idade com Luana, eles são melhores amigos. Toda a noite Tony pula a janela da casa de Luana e lá os dois conversavam até o sol nascer. Mesmo Tony sendo melhor amigo de Luana, ele nunca soube que ela tinha adoração por Hitler, certamente se soubesse nunca mais iria falar com ela. Para Tony, Luana era uma menina igual às outras que existia na Rua Hunginel Gummer. Ele adora sair em dias de chuva, passa horas jogando baralho ou até mesmo tocando sua gaita.
Julieta Kinooun
Mãe de Luana, sempre está de mau humor. Como veio de família pobre, tem certos costumes que deixam qualquer um enjoado... Comer ovos crus é uma das coisas. Deve ser por isso que Luana nunca gostou de sua mãe. Além do mau humor e de suas manias estranhas ela carregava consigo uma pequena foto, toda amarrotada e faltando um pedaço. Julieta sempre dizera que perdeu a metade da foto em uma maquina de fazer tecidos. A foto estava ela e uma menina, e um braço. Não parecia ser nem um homem, muito menos uma mulher
Janderson Kinooun
Um homem rabugento, igual aqueles que você vê em filmes americanos, mas só nos antigos. Ele é rígido quanto a suas opiniões. Oito horas em ponto, Sr. Janderson fala boa noite para todos em sua volta e vai dormir. O seu ronco chega a ser insuportável de tão alto, e com isso todos da casa vão dormir junto com ele. Ele acha que as pessoas são desnecessárias, cansativas, por isso não é muito de conversa. Tem uma barba longa e branca, cheira a peixe e ama passar as noites de lua cheia embaixo de uma mangueira se lembrando da sua época de soldado

Tia Anne
Uma mulher misteriosa, mas que não estava nem ai com nada. Não era considerada uma boa compania para uma garota de 10 anos, mas Luana, como sempre, gostava de sua tia mais do que a própria mãe. Anne tinha a mania de dizer que nada era pra sempre, então, nunca sofrera por ninguém, não que Luana ou sua família soubesse. Muitos diziam que Anne era uma mulher louca, outros até diziam que ela era uma bruxa, daquelas que via o futuro e tudo. Mas ela não era nada disso, uma mulher igual às outras, diria até mais normal do que as outras

Irmãos e Irmãs de Luana.
Daniel, Lucas, Vinicius e José. Como todo irmão mais velho, Daniel era o machão, Lucas se sentia excluído, e por isso, não conversava praticamente com ninguém. Vinicius com os seus óculos fundo de garrafa é o queridinho da mamãe, com as maiores notas. E finalmente José, o mais tímido, mas também, o mais bonito.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Bailarina, Soldado de Chumbo.

De repente toda mágica se acaba, e na nossa casinha apertada ta faltando graça, ta sobrando espaço . To sobrando num sobrado sem ventilador.Vai dizer que nossas preces não alcançaram o céu. Coração, ainda vem me perguntar o que aconteceu. contece seu rosto por acaso ainda tem o gosto meu
Com duas conchas nas mãos, vem vestida de ouro e poeira
Falando de um jeito maneira
Da lua, da estrela e de um certo amor
Que agora acompanha seu dia, e pra minha poesia é o ponto final
É o ponto em que recomeço, recanto e despeço da magia que balança o mundo. Bailarina, Soldado de Chumbo...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

quem sou eu:

O que eu faço e sempre fiz for me martirizar, por outras pessoas, é claro. Colocar-me pra baixo hoje não é mais tão difícil como quando eu tinha meus 7 anos. é, 7 anos. Nada de meninos, responsabilidade zero, risadas, brincadeiras, machucados e risos altos. Hoje, 7 anos depois, o que sobra de mim?A menina estranha, que ouve Elvis Presley e odeia Catch Side. Que numa hora ta chorando, e de repente, ainda com uma lágrima no olho conta uma piada. Que tem a estranha mania de tentar ser inteligente, de ler livros, textos, ver filmes e peças teatrais. A grande frustração de não nascer do jeitinho que ela sempre sonhou. Sim, uma menina tola para muitas pessoas, a menina foda para muitas outras. Que faz textos que começam bem, e terminam um desastre total. Pode até ser fotogênica, mas precisa de photoshop. Briga com a balança e com o espelho todos os dias, tem um sorriso bobo. Não consegue agüentar o ciúme, e quem acaba passando mal, é ela mesma. Tem vergonha, começa a gaguejar na frente de pessoas estranhas. Tem nojo de gente falsa, das pessoas que falam ‘eu te amo’ em dois minutos. Que odeia o mundo como ele ta, putaria então...
Ela tem uma forma estranha de entender as pessoas, ela sempre está do lado errado da história, não do lado ruim, mas do lado egoísta, do lado dela! Reclama demais da vida que leva não se conforma com nada, mesmo tendo a vida que muitas pessoas desejam ter. Uma menina que se limita aos piores comentários, que se aflige fácil, que ama a Lua e ficar na rede depois das dez da noite. Ela é muito mais do que palavras, ela é feita de carne, osso e sentimentos.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

pushing daisies ♥

" Então eu a amaria como pudesse. E se não pudéssemos nos tocar, eu tiraria forças da sua beleza.E se eu ficasse cego, então preencheria minha alma com o som de sua voz e o conteúdo de seus pensamentos;Até que a última centelha de meu amor por você iluminasse a miserável escuridão de minha mente agonizante ".

terça-feira, 17 de junho de 2008

tentativa-final

Foi a ultima vez que vi minha mãe. A ultima vez que eu pude dizer que a amo, a ultima vez que a segurei em minhas mãos. No fundo, eu sabia que seria assim, todos vão algum dia, mas por que ela? Por que esse atentado contra a própria vida? é claro que essas perguntas sempre tinha algo haver comigo. Lembro das coisas que meu pai me falou no momento de nervosismo. Será mesmo a minha culpa de tudo isso. Então, matei minha própria mãe? Não, iso não pode ser verdade, tinha apenas 12 anos, por que isso? Não fiz mal a ninguém.
Bom, muitos anos se passaram, estou eu aqui, ainda com a mesma duvida. Sem minha mãe, muitas coisas mudaram. tenho minha própria familia, cinco filhos e um marido onze anos mais velho que eu. Me sinto só, mesmo com tantas pessoas ao meu redor. Seria isso o que minha mãe sentia? mais uma duvida que só saberei quando tiver coragem de tomar a mesma atitude que ela, o que não vai demorar muito...

(uma merda de texto -.-')

segunda-feira, 16 de junho de 2008

tentativa 2

Chegando no hospital, vi minha mãe, lá no fim do corredor. Ainda avia sangue em sua roupa. Vi muitas pessoas quase mortas, em plena segunda guerra, o que mais se via era pessoas pelas ruas mortas a tiros. Mas no hospital não, era pior. Você via pessoas sem braços, pernas. Gritaria de familiares eram assustadores. Mas no meio disso, estava eu, olhando para a minha mãe, comose estivesse dando forças a ela. De repente passa um homem na minha frente, sangue, menos um olho, parecia me pedir esperança, ou até mesmo, roubar a minha esperança de mim ou de qualquer outra pessoa. Meu pai me abraçou, na verdade, me puxou para tras, com medo que algo acontecesse comigo. Finalmente minha mãe apareceu na minha frente. Só deu tempo de apertar sua mão e dizer que eu a amo, então ela se foi, por aquele longo corredor braco...

domingo, 15 de junho de 2008

tentativa.

Quando cheguei em casa vi uma cena que nunca mais esqueci: minha mãe deitada no tapete da sala. Pensei que estivesse caído do sofá em quanto dormia, mas logo vi que não era nada disso. Depois de meu pai virar o corpo dela, a mancha de sangue apareceu e ao lado uma faca. Aquilo foi uma tentativa de suicídio, apenas uma tentativa, porque ainda respirava mesmo com dificuldades. Meu pai começou a gritar comigo como se eu fosse a culpada de toda aquela cena. Naquela hora o desespero tomou conta de mim. Ainda bem que chegou minha tia. Vendo-me chorar, ela me abraçou forte, me dando segurança de fazendo com que eu não escutasse as coisas que meu pai dizia. Depois ligou para o hospital. Fui até o porão, abracei meu ursinho velho e chorei com medo de que acontecesse algo de grave com minha mãe, que mesmo sendo mal-humorada, é a minha mãe! Passado todo o susto, criei coragem de fui ver meu pai. Estava chorando, olhando a janela cheia de neve como se esperasse um sinal de que a sua mulher estava bem, que não corria risco de vida. Fiz barulho, ele olhou para mim, o seu bigode parecia não demonstrar mais aquele cara bravo, mas sim uma criança que precisava de carinha, como eu precisava. Ele me falou para me sentar em seu colo.
-Me desculpe, estava nervoso!
-Tudo bem papai.
O abraço seria inevitável naquela hora. Estavam lá, as duas crianças e uma tia olhando para a janela de um dia que nunca mais seria lembrado por eles, até este momento.

sábado, 14 de junho de 2008

- Oi

- ;)
-Tudo bem?
-aham :B
(o ''silencio'' toma conta da sala do messenger)
- mas então, o que fez hoje? *-*
- nada --', to indo. tchau ;*
isso nao é considerado um grosseria, não é?e se a pessoa que você mais ama te tratasse assim? você iria dormir sorrindo?se ela te pedisse um conselho do tipo ''o que eu dou de presente do dia dos namorados pra minha namorada?'' você vai dizer ''aaaa, dá flores'' quando na verdade você gostaria de dizer ''dá um pé na bunda logo e vem aqui ;)'' mas o medo de receber um ''ta louca'' é bem maior do que a vontade de te-lo aqui do seu lado, maior que a vontade de saber se o amor é verdadeiro ou não.
Amor é uma coisa estranha, nos deixam tontos, vulneráveis, procurando coisinhas lembrar da pessoa amada ou até mesmo faz com que você deixe um relacionamento certo para seguir o errado. Musicas começam a falar da história de vocês dois, apelidos fofinhos não têm mais graça, mas quando ele te chama de jumenta você da risada, igual uma menina boba que acabou de descobrir o que é... o que é... o que é ter borboletas no estomago.E quando descobrimos que o amor é correspondido... risos no meio da aula de português começam a ser cada vez mais freqüentes, print's, ansiedade, nervosismo e muitas outras coisas.Mas como muitas pessoas dizem, nada é pra sempre, e um dia o amor acaba. As musicas agora sómusicas, bonecas fazem mais sentido do que correr atrás de borboletas. O amor por sua fez não acabou, mas faz muito mais sentido demonstrar a felicidade, do que a tristeza.
Com isso vem a grosseria que fez com que eu começasse esse pensamento.Tentando mostrar um ao outro que a vida é bem melhor sem um amor, nós acabamos nos machucando, e pior, machucando a pessoa que mais amamos. É super fácil você ter meninos e meninas fáceis pra te dar o prazer, o prazer que tantas pessoas insistem em dizer que é necessário pra a sobrevivência humana. Mas do que adianta o carinho sem amor? do que adianta você ficar lá, fazendo coisas que uma pessoa e pensando em outra? Do que adianta fazer tudo o que eu faço, pra ele não perceber.